Aspectos ergonômicos da adaptação de estudantes de engenharia ao regime remoto de ensino na pandemia de Covid-19

Autores

Nilberto Rocha Neto
Universidade Federal Rural do Semi-árido
https://orcid.org/0000-0002-2121-5567
André Duarte Lucena
Universidade Federal Rural do Semi-árido
https://orcid.org/0000-0003-0181-4260
Fabrícia Nascimento de Oliveira
Universidade Federal Rural do Semi-árido
https://orcid.org/0000-0002-0333-0035

Sinopse

Introdução: A pandemia de Covid-19 modificou várias atividades, dentre elas o ensino nas universidades. A adaptação das atividades dos professores para a modalidade de ensino remoto foi discutida e realizada intensa e sistematicamente por várias instituições. Mas as adaptações dos estudantes ao estudo remoto dependem das condições de cada indivíduo e estão sujeitas à autonomia de cada estudante. O objetivo do presente artigo foi identificar aspectos ergonômicos das condições de estudo remoto de um grupo de estudantes de engenharia durante a pandemia de Covid-19. Metodologia: Os dados da pesquisa foram coletados com um questionário enviado por email e respondido na internet por 22 dos 186 estudantes de engenharia de produção de uma universidade brasileira. As questões abordaram as posturas adotadas pelos alunos no momento de estudo; percepção sobre o nível de conforto em relação ao ruído, cômodo adotado para estudar, temperatura, luminosidade, e adequação da mobília do local de estudo. Além disso, questionou-se sobre a carga horária de atividades e incorporou-se ao inquérito o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares. Resultados e discussão: Os principais resultados mostram que pescoço, ombros, coluna, punhos e mãos são regiões com maior frequência de dores ou incômodos; sendo as regiões  dorsal, lombar e do pescoço as indicadas com maior frequência de incapacitações e com maiores níveis de dor. Também foi identificado que uma parcela dos estudantes usa o quarto como principal cômodo e as posições sentada e deitada para estudar. Conclusões: Longos períodos de estudo em telas, as dores e incômodos corporais, as restrições e incapacitações indicadas nas regiões do pescoço, ombros, punhos, mãos, dorso e lombar possivelmente têm relação com as posturas adotadas pelos estudantes para assistirem as aulas remotas e realizarem suas atividades acadêmicas. São necessárias ações ergonômicas educativas em relação a essa nova configuração de ensino e para o cenário pós-pandêmico.

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28 June 2021

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